Na última semana o mau uso do photoshop vitimou novamente a cantora Britney Spears, capa da revista Lucky. A pop star, já photoshopada excessivamente em outros tablóides, teve suas imperfeições novamente corrigidas pelo famoso software e reacendeu a discussão sobre até onde vai os limites do uso desse tipo de ferramenta e as consequências desse padrão falso de beleza na sociedade.
As imagens liberadas na internet pela própria revista, fazem parte de um editorial que será publicado em dezembro, e causaram polêmica pelo uso inconsequente do programa que segundo fãs deixou a cantora irreconhecível e com o cabelo parecendo uma peruca.
Esse é só o caso mais recente de photoshop que deu errado e causou polêmica, e quanto aos que deram certo? O photoshop é usado sem qualquer tipo de limitação por todo e qualquer tipo de produto e pessoa, afinal de contas, quantos de nós já não usaram o photoshop nem que seja para arrumar a luminosidade de uma foto?
Uma das recordações mais impactantes que eu tenho é de uma palestra com um grande nome da fotografia de moda, em meados de 2009, na semana acadêmica da Fabico, onde ele apresentou algumas fotos de antes e depois do photoshop onde praticamente tudo havia sido modificado, até a boca e os olhos do modelo haviam sido trocados pelos de outra pessoa.
Um história muito bacana que ele contou foi sobre uma campanha realizada para uma marca de sapatos com uma atriz super famosa, alta e muito bonita, e que obviamente não calçava 35, número de sapato normalmente usado em fotos publicitárias. O que foi feito? Usaram os pés de outra modelo e colocaram na atriz global.
Isso também é comum, segundo ele, com publicidade de jóias, onde as mãos da modelo precisam ser o perfeitas, o que nem sempre é o caso das atrizes. Ou seja, toda a beleza impressa nas revistas e divulgada nas campanhas publicitárias é falsa. A barriga enxuta na verdade não está sem pneuzinhos ou inchaço.
Para tentar freiar essa onda de beleza falsa está tramitando uma lei que visa informar no anúncio que determinada imagem foi manipulada e que prevê multa para o anunciante que não fizer. Mas é claro que a tal lei está meio estagnada.
Até lá, estamos reféns da beleza construída digitalmente,do esteriótipo de mulher barbie que é impossível e que nutre os transtornos alimentares de milhares de mulheres mundo a fora. Eu sou adepta da beleza de Marilyn Moonroe, cheinha e curvilínia, a beleza verdadeira e saudável.